Sobre

Minha mãe me levava ao cinema desde muito cedo (obrigado Dona Maura!!). Vi muitos clássicos na telona que me marcaram e me lembro de, logo cedo, entender que em filmes como E.T. e Retorno de Jedi aqueles personagens fantásticos que eu adorava tanto não existiam de verdade e eram fruto do trabalho de grandes artistas.

Mas como eles faziam aquilo? Eu sempre fui curioso e essa questão criou uma fixação que nunca se aquietou. Em tempos pré-internet, desvendar os mistérios dos efeitos especiais me fez pesquisar em páginas amarelas e revistas importadas e aguardar diariamente pelo carteiro.

Catálogos de produtos, revistas, folhetos - qualquer material recebido em resposta às cartas que enviava à indústria norte-americana eram detalhadamente estudados. Nas primeiras experiências práticas, amigos foram cobaias para moldes e próteses improvisadas de dedos e mãos. Um teste de paciência para os pais. É só uma fase, vai passar. Logo ele vai para a faculdade.

Não passou e não fui para a faculdade. Nenhum curso no Brasil me ensinaria o que eu precisava aprender. Fiz minha própria faculdade estudando muito mais do que o proposto em qualquer grade curricular.

Com as marmitas da semana embaixo do braço, entrei em um ônibus na rodoviária de São José dos Campos rumo à capital. Foi um estágio na extinta produtora Trattoria di Frame que me abriu as portas para o mercado profissional. De lá fui trabalhar como assistente em diversas empresas e estúdios até abrir o Estúdio Factotum com mais dois sócios em 2010.

Alguns anos depois, os sócios seguiram por caminhos diferentes e, desde 2014, sigo com a Marcelo Amp Produções Artísticas, especializado em próteses e efeitos especiais, realizando projetos incríveis para cinema, publicidade e artes plásticas.